ALGUMAS NOTAS DO SOLO DE CLARINETA

Jamais pensei que
fosse saber tanto do escritor gaúcho Érico Veríssimo, pai do
também escritor Luiz Fernando Veríssimo. Solo de clarineta é esse
livro que li dele. Um ótimo livro para ler, faz coom que conheçamos
pormenores de sua vida, como sua cidade, os movimentos sociais, como
o Tenentismo, seus relacionamentos com as namoradas, sua timidez....
O que achei bem
interessante foi o fato de que ele usou muitas vezes pesoas de suas
próprias família para compor alguns personagens de Clarissa, e da
trilogia O Tempo e o Vento, dando detalhes bem interessantes dessas
suas composições; todo escritor deveria ler livros como esses, pois
são dois volumes, lançados pela editora Globo (1976). Ele ficava
trabalhando como sócio em uma fármácia com um amigo seu, mas se
preocupava mais em escrever do que em trabalhar, tendo prejuízo. em
todos os lugares em que trabalhou, não deixava nem de ler e nem de
escrever, como um vício que tinha; isso nas primeiras décadas do
sículo ppassado.
Lendo esse livro,
viajei pelos seus relatos, imaginando como era interessante viver
naquela época de poucos recursos, mas que não deixavam de
aproveitar as coisas boas da vida.
Sua mãe era uma
mulher trabalhadora, costureira, e seu pai, um boêmio sonhador, que
só pensava em mulheres e bebidas, deixando de aproveitar as
oportunidades boas da vida.
Era uma vida
sofrida, e tudo que ele passou foi usado nos seus livros, nos seus
personagens. A gente tem a impressão que o escritor inventa aquelas
coisas do nada, mas tudo tem base no que ele vive, em seus parentes,
nas pessoas que encontra. O capitão Rodrigo da trilogia falada, foi
com base em um tio seu, que vivia às voltas com a revolução da
época.
Ele não se formou,
mas quando foi chamado para trabalhar no escritório da União
Pan-Americana, em Washington, no lugar de Alceu amoroso Lima. Queriam
ele de todo jeito; ele foi.
Gostei bastante da
sinceridade que ele fala da sua vida e de sua região, e como chamou
de fantasiosa a história do rio Grande do Sul, que ele ão gostava,
por isso escreveu a trilogia acima referida. Foi mais verdadeira que
a história escrita e ensinada nas escolas de seu estado.
Em algum ponto do
livro ele conta coom detalhes porque teve que matar o capitão
Rodrigo, o que entristeceu muitos leitores, tamanha a sua influência
neles. Era como se fosse irmãos deles, seis leitores muito se
indentificavam com esses personagens tão marcantes.
Em Washington ele
conheceu muitos escritores, músicos, pintores, fez amiades
marcantes, e foi um dos períodos menos criativo para ele; mas o
salário era bom. Aquilo mais servia para manter o poder americano
sobre o continente do mesmo nome, mas nada, iludindo os governos, mas
mantendo controle sobre eles, muitas vezes sem eles mesmos saberem.
Era apenas uma fantasia para enganar os sulamericanos. Guerra Fria
também.
São muitos
detalhes, muitas viagens que ele fez, inclusive ao Peru, onde ia
resolver problemas relacionados com a política, mais do que com a
cultura. Como disse, o livro é uma viagem. Não tive aqui intenção
de dar detalhes ou fazer um retrato dele, mas apenas tergiversar.
Para mais detalhes, leiam esses livros.Vale a pena.
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