OS QUATRO QUERUBINS E O CARRO-TRONO DE DEUS
O livro de Ezequiel
(no hebraico Yehezqe'l) é, sem dúvida um dos mais comentados e
difíceis de interpretar, como os seus primeiros capítulos, que
falam da teofania de Deus e alguns atos simbólicos de grande
significado, como os que estão escritos nos capítulos 4 e 5. Vale a
pena estudar esse grande profeta de Deus.
Ele começou sua
mensagem no ano 597 a.C., quando foi levado para a Babilonia, após a
mesma ter derrotado o Egito, que era uma das maiores potências da
época, juntamente com a Assíria, povo que oprimira Israel por
tantos anos, e, que, afinal, derrotou esse povo e o reduziu a quase
nada, não fosse a mão de Deus sobre ele, que o preservou.
Seu ministério
deu-se à margem do rio Quebar, que na verdade, era um canal de
irrigação do rio Eufrates, que cortava a cidade de Babilônia.
No capítulo
primeiro do livro, ele começa dizendo que deu-se uma visão de Deus
a ele no trigésimo ano, que muitos não têm certeza que trigésimo
ano era esse. Alguns acham que era sua idade, já que ele era
sacerdote, e eles começavam seus ministérios aos trinta anos (Nm
4.3,4) e trabalhavam até aos cinquenta; já outros acham que essa
data se refere ao trigésimo ano do reinado de Joaquim, rei de Judá,
em 585 a.C.; outros ainda acham que se refere também ao trigésimo
ano depois da reforma de Josias, o qual foi usado por Deus para
cumprir a profecia do profeta que falou a Jeroboão, que reinou sobre
as dez tribos tiradas de Davi, entre outros significados.
Era entre junho e
julho, o quarto mês do calendario judeu, durante o reinado do rei
Joaquim, o tirano fantoche, que governava sob o poder de
Nabucodonosor, rei da Babilônia, a mais nova potência da época,
segundo Jeremias 27.1-11.
De repente, ele viu
uma tempestade, e, do meio dela, saíam quatro seres, que tinham
quatro rostos, um de leão, outro de boi, outro de águia, e um outro
de homem, simbolizando a supremacia de cada um desses animais. O boi,
rei dos animais domésticos, o leão, dos selvagens, a águia, das
aves, e o homem, coroa de toda a crianção, e, por fim, sob o
domínio de Deus. O significado disso é que Deus é o Deus de toda a
criação, e domina sobre tudo e todos.
Como outros
profetas, ele teve uma teofania, e viu Deus de uma forma maravilhosa
((Êx. 33; 24:9
e segs.), Amós
(7:15), Isaías (cap. 6), Jeremias (1: 4-10) ou Daniel (7:9 e
segs.). Cada
querubim (também chamado de hayyôt, no hebraico)tinha quatro asas,
e estavam cobertas de olhos por dentro e por fora, e duas de suas
asas seguravam uma plataforma semelhante a cristal; perceba que
Ezequiel usa esses termos apenas para dar uma ideia de como eram
terrível esses seres, pois não há, na linguagem humana, nada que
possa descrever bem eles. Tinham, ao lado delas, uma grande roda, de
meter medo, como disse Ezequiel, e se movimentavam de um lado para o
outro numa velocidade muito grande. Quando os querubins se erguiam,
as rodas se erguiam, pois a vida deles estava nas rodas. Era uma
visão terrível. Em cima da plataforma estava um trono, e, em cima
do trono, um ser terrível, rodeado de fogo. Era o Carro-trono de
Deus, levado para lá e para cá em grande velocidade, dando a
entender que Deus está em toda a terra, e nada escapa à sua visão.
A planta dos pés desses seres celestiais eram como se fossem de
cabras, e não possuíam joelhos, para que não se dobrassem levando
o Carro-trono de Deus. Tremendo isso.Tochas, fogo e relâmpagos saiam
do meio desses querubins (Êx. 3:2; 13:22; 19:18; Nm. 11:1-3 ; Dt.
4:24;
II Reis 1:12). O
próprio Deus Todo-poderoso estava ali, na frente do profeta. Não
foi à toa que ele desmaiou, e o Espírito de Deus entrou nele,
pondo-o de pé. Outros livros da Bíblia também fazem referência a
esses seres (1 Rs 7.27-30; 1 Cr 28.18; Dn 7.9); os nomes da rodas,
que o texto dá a entender que eram seres viventes, eram Ofanins. Que
bela visão teve o profeta! A pura glória do Infinito ali, diante
dele! Foi um privilégio terrível. Quando eles andavam, diz o texto
de Ezequiel, nos capítulos 1-2, e o capítulo 10, que torna a falar
desses querubins, havia um grande estrondo, “como de um grande
exército, como a voz do Onipotente” . Os pais da igreja faziam
certa associação desses querubins: os quatro rostos eram emblemas
dos evangelistas, entre outras coisas, mas o mais aceito é o de
Jerônimo, que afirmava que o homem era Mateus; o leão, Marcos; o
boi, Lucas, a águia, João. Glória!! imaginem o barulho que fazia o
tartalhar das asas de um querubim, levando o trono de Deus. Eles
embaixo, e IAVÉ em cima, sentado, TERRÍVEL. Salmo 18. 10 diz o
seguinte: “E montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas
do vento”. Esse é nosso Deus!
O ser vivente tinha
a seguinte aparência, segundo o profeta descreveu:
E
por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia
algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre
esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na
parte de cima, sobre ele.
E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava. Ez 1.26-28.
E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava. Ez 1.26-28.
Quem
pode com esse Deus? Quem é páreo para ele? Grande e terrível é
Ele!!!
A parte de cima desse Ser, ou seja a teofania de Deus, sentado no
trono, era como se fosse metal brilante, mas o hebraico usa um termo
tremendo para isso: era como olho
do Hashmal. Ezequiel
sentiu o peso da glória de Deus. Ao contrário do que pensava os
judeus, Deus não se limitava à Canaã, mas manifesta-se em toda a terra,é o
Deus de toda a carne.
Que Deus nos dê visões tão terríveis como essa de Ezequiel, para termos mais experiências, estejamos pertinho dele, e vermos sua majestade.
Que Deus nos dê visões tão terríveis como essa de Ezequiel, para termos mais experiências, estejamos pertinho dele, e vermos sua majestade.
Comentários
Postar um comentário